terça-feira, março 17, 2009

No jardim

No jardim, consigo lembrar
Daquela noite eterna e te amar.
Dos teus cabelos ao vento
Espalhando sentimento.

Do teu sorriso, largando alegria.
Ficavas comigo, ali, até ser dia.
E eu olhando sem fim,
Admirando-te assim.

Consigo lembrar, igualmente,
Do teu toque em mim, inconsciente.
Mergulhado na sedução,
E tu... dás-me a mão.

Apelas ao meu coração.
Sem ti, jamais existirão
Estas noites de mútuo prazer,
Gozando ao máximo. Que mais posso dizer?

Lembro ainda, ao amanhecer
Os dois juntos, abraçados sem querer.
Ou ainda aquele beijo.
Mas agora mal te vejo.

O que está a acontecer?
Será que te estou a perder?
Sinto a tua falta.
O tempo é longo. Jamais salta.

Mas vou aguentando devagar,
Com compreensão continuando a amar.
Que saudades daqueles momentos
Em que percorria o teu corpo, sem lamentos.

E no jardim, vou recordando
Vida passada entretanto.
Lembrando que a verdade está aqui,
Meu amor, preciso tanto de ti!

18 de Maio de 1999