terça-feira, novembro 20, 2012

Apeteces-me

Apeteces-me desde sempre, desde a altura em que te descobri.
Apeteces-me como mulher, como pessoa, como amiga, como amante.
Apeteces-me numa simples conversa, num simples sorriso, num acto sexual.
Apeteces-me quando me contas as tuas novidades, mas também me apeteces quando me lembro dos teus bicos enormes e tesos nesses perfeitos seios.
Apeteces-me quando me falas do teu dia, do que se passou no trabalho ou dos teus problemas, mas também me apeteces quando me lembro da última vez que estive contigo.
Apeteces-me vestida e apeteces-me despida.
Apeteces-me com a tua inteligência mas também com a tua safadeza.
Apeteces-me quando me falas da tua vida e também quando me dizes "só me apetece é foder contigo".

Macau, 20 de Novembro de 2012

quinta-feira, julho 05, 2012

A dança

Dançaria contigo a noite inteira...e os dias, as horas, os minutos. Nós dois, juntos, num só corpo, entre beijos e carícias, entrelaçados na dança do eterno

Macau, 6 de Julho de 2012

quarta-feira, julho 04, 2012

Sós

Não me canso de pensar no teu rosto, na tua pele e no ínfimo dos seus poros. Não me canso de imaginar mil e um sorrisos, e o teu olhar límpido, provido de ternura. Ai, se soubesses como desejo essa boca. Ficaria horas a contemplá-la com os dedos, em desenhos, pela noite fora. Anseio o toque e o beijo. Não consigo, nem quero, ter mão em mim. Não quero parar. É mais forte do que eu, a libido e a vontade de possuir esse teu corpo feminino, belo, perfeito, quase intocável. Ao existires, sou mais homem e sobrevivo à saudade. É verdade, basta sorrires. Tão fácil, amor. Consigo, por instantes, ter-te aqui e abraçar-te. Podiamos dançar a noite inteira, não achas? Entrelaçados ao som da vida. Gritar, fugir, viver, os dois, sós, lado a lado. Tão bom!

Macau, 4 de Julho de 2012

segunda-feira, julho 02, 2012

Onde nasce o coração sempre me lembro do teu sorriso

Ontem dei por mim a pensar no Universo. Na imensidão que nos rodeia e, por vezes, cai em cima de mim quando estou só. Também cai em cima de ti? Tu sabes do que falo quando quebro o meu silêncio na tua ausência. Sinto-me espremido, tolhido. É nessas alturas que descrevo o teu corpo nu com as palavras e penso como também o poderia desenhar num papel branco. Lembro-me logo dos teus seios perfeitos, mas também da tua pele salgada com o mar. Sabes, penetram em mim enquanto adormeço e espero por ti. Quando chegares senta-te ao meu colo e afoga a saudade, neste poço onde nasce o coração sempre me lembro do teu sorriso. És mesmo feita de poesia, amor. Consigo ler-te palavras no corpo lançado à sombra, agora que estás distante e te envoco.

Macau, 2 de Julho de 2012

sexta-feira, junho 29, 2012

Solidão e saudade

Abro a janela do quarto. Olho para a cama e não estás. Baixo a cabeça. Como me sinto despido estes dias. Enfraquecido, caem-me em cima a solidão e a saudade. Todas as noites abraço o silêncio e a tua ausência mata-me devagar. Volta! Impede que a minha alma se quebre no chão deste quarto como vidro. Só me apetece o sabor da tua boca e o cheiro do teu corpo, mas o tempo teima em não passar...

Macau, 29 de Junho de 2012

terça-feira, março 20, 2012

A voz

Ouve, tombada, a minha voz. Canto a poesia que escrevi enquanto vivias tolhida pelo tempo. Mirrada, quase seca, que nem te lembraste que eu sorria sozinho na terra da solidão.

Macau, 20 de Março de 2012