quinta-feira, julho 07, 2011

enclausurado

revelei-me precipitado.
a porta estava aberta ao mistério do coração.
amontoei os pedaços do meu corpo, vazio,
junto com o silêncio da noite.
senti-me enclausurado, perdido,
evocando na escuridão a tua boca.
nela quero morrer enquanto o vento leva os versos do poema.

Macau, 7 de Julho de 2011

quarta-feira, julho 06, 2011

pátio da prosperidade

escrevo poemas fugindo, como tu,
deste engano vazio e hábil que te faz chorar.
faltou-me gritar o silêncio triste da tua ausência,
nas horas gastas na lentidão da noite.
lancei o meu corpo, sombreado no chão,
ao lado daquela parede inacabada do pátio da prosperidade.

Macau, 6 de Julho de 2011