sábado, novembro 28, 2009

na casa aberta

à Margarete

falo palavras amordaçadas como preso em mim e no meu sentir. sou de desejar escrever até morrer, mas hoje desperto de um sol frio, coagido por ser outono e nas cores quentes deste dia, vomito o silêncio; estou inteiro, curvado perante ti e me uso da tua pele para me aquecer do frio da alma que circula, para lá e para cá, junto a mim. leio poesia de quem não se teme, apavorada, e sigo mais além onde encontro, num sorriso, a tua tez. nas letras despes a sabedoria de quem joga com as palavras no momento, mesclando odores de sonhos e de sons felizes, perdidos aqui, na casa aberta.

28 de Novembro de 2009

quinta-feira, novembro 05, 2009

sem destino

hoje e sempre citadino
percorro esta calçada à portuguesa,
onde vagueio sem destino,
na busca incessante de alguma certeza.

5 de Novembro de 2009

terça-feira, novembro 03, 2009

Sofá das Ilusões

Vou andando, alheio e devagar, ao teu encontro.
Estás meio perdida, deitada no teu sofá,
E junto a um copo vazio.
Descansas na esperança que chegue
E te ponha no meu colo.
Nesse momento serei apenas eu e tu,
Porque existes dessa forma,
Prostrada no sofá das ilusões,
Assim meio tosca mas, com sentido único.

3 de Novembro de 2009