segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Porquê?

Porquê?
Porque me deixas assim,
Entregue ao infortúnio da tua decisão?
Se soubesses o que tenho passado,
Virias rápido ao meu encontro.
Só me emerge ao pensamento
O tempo bom de nossas vidas.
Como me surpreende esta tua indecisão!
Da estabilidade ao abismo,
Perdoa-me a minha franqueza;
Parece que brincas com o nosso amor, a nossa certeza.

Porquê?
Porque me deixas assim,
Desarmado de todas as alegrias?
Penso que sou aquilo que não era, e vice-versa.
Ai, porque não me deixas dormir.
Afogar os meus problemas no álcool da minha cama.
O aperto que sinto é tanto que me soa a novidade.
Nunca senti esta ânsia, esta azia, esta adrenalina.
Agora o confuso sou eu, e
Mesmo quando me ligas a perguntar como e onde estou,
Sou envolto num turbilhão de incertezas.

Porquê?
Porque me deixas assim,
Incapaz de resolver o que seja?
Como queria relativizar as coisas, meu amor.
Nisto dos sentimentos sou mais frágil que cristal.
Ajuda-me! Vem depressa, não me deixes continuar mal.
E se a tua indecisão for outra,
Sairei amargurado pelo tempo. Por tanto te ter amado, que não me arrependo,
Mas pelo que sinto e nunca senti.
Amor, sincero, juro por mim!
Continuo, por enquanto, à tua espera. Aqui!

16 de Fevereiro de 2009