Sorrir para ti, meu amor.
Nem sei se te adore, se te ame.
És incógnita em mim.
Tenho por costume dizer
Que te sinto, te venero
Sem saber, te digo, a verdade, é certo!
Tenho por costume chorar
Sempre que te minto, que te molesto.
Porquê a ti? Não mereces...
Será que este costume
Me irá trair de vez,
Acabar comigo e contigo?
Que costume tão cruel.
Prefiro, é certo, os dois primeiros.
Ao menos sorrio e não choro.
Ao menos digo e não minto.
Vou deixar de chorar, de mentir.
Que costume inútil!
Porque caio neste costume?
Estarei a enlouquecer?
Ou simplesmente, já não te amo, nem te adoro?
5 de Dezembro de 2001