São zero.
As horas que marcam o relógio.
Podiam ser vinte e quatro.
Há quem queira não terminar o tempo
Do dia anterior e começar o próximo.
Eu gosto de viver.
Para mim são zero
As horas que marcam o relógio.
Penduro o tempo para o ver melhor.
Ele passa e resolve.
Destina a minha vida ao melhor desígnio.
Espero!
As horas que marcam o relógio são nulas.
Parece que, por momentos, o tempo pára
Para nos unir-mos num só.
Eu e tu, razão.
Zero!
Nunca um número significou tanto
E tão pouco neste instante.
Agora liberto-te. Corre tempo...
Mostra-me o que de melhor posso ter.
Dá-me o prazo de duração das coisas
E deixa-me abrir os braços para me trespassares.
São zero.
As horas que marcam o relógio
E eu aqui continuo,
A olhar o relógio e o infinito.
10 de Junho de 2009