quinta-feira, abril 30, 2009

Terra Lusa

Canto para te recordar.
Portugal, com carinho, venho gingar.
Olá! Trago a minha gente para sambar.
Com vocês aqui a acompanhar.
Terra lusa de tantos encantos,
Pedaço de origem do meu Brasil,
De Camões a Pessoa, diversos prantos,
Da poesia que venero, da música que ouço,
Amália, homenagem te presto,
Nas terras lusas que tanto gosto.


Pais de felicidade, onde atingi sucesso
Janela do Atlântico, sempre anseio o meu regresso.
Da minha terra vos aclamo,
Lusos, meus amigos, que amo.
Canto e danço por ser feliz,
Ainda mais nas terras lusas,
O meu segundo país.
Quando me encontro, estou aí.
De Salvador, para vocês, na terra lusa,
Canções de amor, poemas de minha musa.


Refrão:

Esta terra lusa de todos nós.
Minha e tua, de nossos pais e nossos avós.
Terra fresca onde andamos.
Junto ao mar aqui estamos.
Lugar de culto, fado e tradição,
Me sai do peito esta canção.

30 de Abril de 2009

NOTA: Letra de música feita para Daniela Mercury e já entregue à sua produtora Canto da Cidade.

Frequência

Ao teu redor sinto
que me encontro.
Sei que nesta frequência
te apanho nítida.
O teu sinal é puro
e corres rápido.
Porém, vem devagar
que a pressa não te leva longe.

30 de Abril de 2009

quarta-feira, abril 29, 2009

Desenho

Vi fazer-se o sol na tua face.
Daqui, onde me encontro, traço o perfil
De desenhos que me tornam mais humano.
Sinto que todas as coisas me finalizam.
Já tinhas reparado?
Estes rabiscos significam os
Sensíveis traços da tua pele.
Creio que afinal posso desenhar um pouco melhor.
O sol ajuda-me. Faz-se no teu rosto.
Ilumina estes papéis que trago.
Neles consigo imaginar o sentido
Da arte de te desenhar.
Deixo entrever as tuas linhas e sombras.
Destaco os contornos e as formas.
Reproduzo, plano, e porque me apetece
A silhueta do sentir diverso mas nada alheio
De como te vejo na mente.
Com este sol, com esta luz,
Te desenho porque preciso,
Porque vejo ondulante o teu corpo aqui, no meu papel.

29 de Abril de 2009

segunda-feira, abril 27, 2009

O mundo somos nós

O mundo somos nós.
Eu, tu e os outros.
Todos juntos somos todos e mais alguns.
Sabemos que unidos somos melhores
Neste mundo de existências comuns.
Porquê existir,
Viver juntos nesta amálgama?
Sei que se vieres ter comigo sou ainda mais forte.
Os outros são apenas o complemento de uma outra energia.
Não chores!
O mundo somos nós.
Eu sei que sabes que assim é
E nem por isso desistes de não existir.
Vou revolucionar as existências.
Chamar para mim todos os homens que andam na rua.
A eles vou delegar as funções do existir.
Concordas?
Sei, que dessa forma, seremos ainda mais nós.
Todos.
O mundo que nós somos, ou vice-versa.
Eu, tu e os outros. Aqueles e nós.
Se existimos...
O mundo somos nós.

27 de Abril de 2009

terça-feira, abril 21, 2009

O meu monólogo acabou. Agora somos dois.

Subo ao cimo de ti.
A tua imagem encontra-se vazia. Sem cor.
Solucei monólogos, perdido na altura,
Por não mais me apetecer querer falar sem rumo.
Dizer coisas vãs.
Porque não te encontro?
Destino meu de falar aqui, distante.
Não desisto, nem sou disso.
Sou de ir mais além,
De te encontrar em cada esquina,
E na minha cama, também.
Enrolo-me no cetim dos teus braços,
Apenas quando vens.
Só quando vens.
Porque não vens sempre?
Não deves poder, eu sei.
Mas agora estás aqui, no meu colo.
Dedilho os teus cabelos e a tua face.
Consigo, agora, falar a dois.
Não suporto monólogos.
Fico entediado.
Vamos subir os dois,
Nesta noite negra, fria,
Onde embrulhados,
Somos unos, somos nós.
Os dois!

21 de Abril de 2009

"Não Existes" no blog Novidades Editoriais

Uma notícia sobre o livro "Não Existes" foi colocada no blog Novidades Editoriais.

Confira aqui:


segunda-feira, abril 20, 2009

"Não Existes" no jornal A Bola

O jornal A Bola, no dia 20 de Abril de 2009, na sua rubrica Bola de Estilos faz alusão ao lançamento do meu primeiro livro de poesia "Não Existes".

quinta-feira, abril 16, 2009

O nosso vinho

Traz-me um copo de vidro fosco,
Como aquele onde bebi, em tua casa.
Entorna nele o vinho que bebemos juntos.
Saboreia, mastiga, absorve.
Envolve a minha pele nesse aroma frutado.
Torna-me alcoólico, encorpado.
Sei que contigo sou veludo puro,
De cor rubi, sangue vivo,
Quente, maduro, persistente.
A tua casta difere-te.
Cabernet Sauvignon, Aragonês, Trincadeira,
Touriga Nacional, Syrah ou Merlot.
Que importa?
És como o nosso vinho.
Deixas-me tranquilo, fermentado neste corpo,
Suave, intenso, de textura macia.
Chambreia-me com o teu calor.
Torna-me quente, meu amor.

16 de Abril de 2009

terça-feira, abril 07, 2009

Rua

E ao subir esta rua, vazia, entretanto,
Talvez pelo adiantar da hora,
Olhei ao redor, na procura de ti.
Abraçados podíamos ser melhores.
Melhores amantes.
Deixar de ser errantes.
Ainda te tenho no retrato do coração.
Sei que acolhi, em mim, as tuas virtudes.
No passeio desta rua, as pedras me sustentam.
O alimento que me dás me vigora,
Assim como estas pedras de calcário sujo.
Escurecidas pela passagem da noite, e da multidão.
Esta rua é para mim como a tua presença.
Sem ambas não sou eu, nem mais ninguém sou.
Posso criar ilusões, acredita,
Mas contigo, nesta rua, sou sempre.
Continuando a caminhar, na tua rua.

6 de Março de 2009

sexta-feira, abril 03, 2009

Armário Fechado

Custa-me as palavras
Que gasto ao te ler.
Por vezes não vejo mais
Que aquilo que te dás a conhecer.
Podia ser mais eu e sentir
A tua pele em mim
E no meu armário fechado.
Enfim, revolvi a gaveta.
Vasculhei sentimentos e cartas velhas.
Saíste!
No meu pensamento
Acordo a mudança de um ser diferente.
Consigo me vislumbrar e viver.
Sem ti, por certo, dor de um dia passado.
Naquele armário fechado...

03 de Abril de 2009

quarta-feira, abril 01, 2009

Carta de Amor

Hoje escrevo para calar a minha tristeza. Definitivamente!
É que, nos últimos tempos, algumas coisas me têm corrido de forma contrária àquilo que eu desejaria. Mas não vou remexer em mais nada, acredita.
Escrevo apenas para desabafar o que tenho cá dentro. Aquilo que no âmago se prende e não mais quer soltar. Chega!
Escrevo para largar os medos, os receios, as desconfianças. Escrevo pelo amor. Escrevo por ti.
Estas palavras são um breve esquisso do meu profundo respeito pela mulher que te tornaste. Só tu me conseguiste pôr, novamente, a escrever.
Há quanto tempo não te escrevia? Nem um poema? Culpa minha, amor.
É certo…
Agora voltei a escrever. Voltei a ser feliz. Liberto aqui o meu choro. Não quero voltar a chorar. Pelo menos de tristeza. Quero rir. Como me apetece rir e ver o teu rosto.
Escrevo, finalmente, por te amar. O meu crer em ti, o meu desejo por ti traduzem a brisa solta que te prende os cabelos. És tão linda!
Cheiro a tua pele ao longe. Estás aí e eu aqui. Mas sinto. Sinto como se estivesses deitada com a cabeça na almofada da minha cama. E eu agarro-te…
Chega de arrogâncias, de medos, de mentiras, de males. Não quero isso de mim nem de ti. Quero verdade, quero confiança, quero respeito. De parte a parte, te digo.
Acredita. Voltei a escrever porque te sinto muito. Dentro e fora de mim. No coração e na cabeça. Na pele e no sexo. Em todo o lado.
Prefiro o teu sabor às demais. Para mim, serás perfeita! Sei que todos falhamos. Todos temos as nossas fraquezas. Eu não digo que não…também me podem bater à porta, mas certezas tenho poucas. As que tenho sei-las bem. Um delas és tu!
Como escrevi um dia: Em ti deposito todo o meu eu. Suporta-me nos teus braços e me enche de amor.
Quero que sejas muito feliz. Muito feliz!
Se me quiseres a teu lado para sempre, terei o privilégio de partilhar dessa felicidade e gozá-la contigo. É tudo o que anseio e sempre ansiei desde o momento que tive a certeza que tu és a tal! Naturalmente não terá sido desde o início, mas foi desde que descobri o meu verdadeiro amor por ti.

Abraça-me…hoje libertei-me!

Data incerta, perdida no tempo