terça-feira, dezembro 05, 2006

A mim

A mim,
Não me assiste a loucura dos predestinados
Nem, tão pouco, a astúcia
Daqueles que consquistam
Em meros equívocos, a terra inteira.

A mim,
Pouco importa, se serás tu
Quem me desmembra o pensamento
Em pedaços toscos
Que quedam em esquecimento.

A mim,
Apenas sobra
A certeza dos convictos,
Consciente do papel e
Da consistência que me compõe.

A mim,
Dei a conhecer, afinal, a razão pela qual
Transpira o sol e respira a lua
E onde, por divertimento,
A terra vermelha se tornou o chão que piso.

23 de Janeiro de 2003