A mim,
Não me assiste a loucura dos predestinados
Nem, tão pouco, a astúcia
Daqueles que consquistam
Em meros equívocos, a terra inteira.
A mim,
Pouco importa, se serás tu
Quem me desmembra o pensamento
Em pedaços toscos
Que quedam em esquecimento.
A mim,
Apenas sobra
A certeza dos convictos,
Consciente do papel e
Da consistência que me compõe.
A mim,
Dei a conhecer, afinal, a razão pela qual
Transpira o sol e respira a lua
E onde, por divertimento,
A terra vermelha se tornou o chão que piso.
23 de Janeiro de 2003