sábado, abril 26, 2008

Algo

Vou escrever algo que não está escrito.
Algo que só sinto por seres quem és.
Algo do coração. Algo da razão.
Sentimento é certo.
Algo que me trás felicidade.
Que reabre a esperança do meu sentir.
Algo belo. Algo enigmático.
Algo sentido. Algo fotográfico.
Cheio de magia e cor.
Algo puro. Algo lindo.
Ternura assente, sensual gemido.
Algo feliz. Algo dormente.
Amor, luz...tudo sente!

18 de Dezembro de 2007

quinta-feira, abril 17, 2008

Ilusão

Estou iludido,
sempre a divagar.
Sim!, perdido.
Não me consigo encontrar.

Neste deserto
longínquo e sem fim
não te tenho por perto,
o que será de mim?

E vou eu andando
caminhando sem rumo.
O passado para trás ficando

Estou perdido neste mundo,
na conivência da verdade.
Que mísera realidade!

25 de Maio de 1999

domingo, abril 13, 2008

Nesta sala (dedicado ao Mário Sousa)

Entro nesta sala, vazia é certo.
Onde um dia eu e o meu pai
Trocávamos olhares de pai para filho,
De homem para homem,
Desabafo por desabafo,
Riso por riso,
Choro por choro.
Mas certamente onde os nossos âmagos se colidiam.
Entro nesta sala, agora vazia,
Onde outrora, harmoniosamente,
Eu e meu pai ouvíamos o som da vida,
A melodia de todos os sentidos.
E neste momento tenho a certeza de continuar vivo...
Ele também, onde quer que esteja,
E se lembrará de mim,
De nós e da nossa sala, agora vazia.
Chego à janela e fixo o horizonte;
Uma lágrima escorrega e sinto a sua presença.
Afinal estarás sempre aqui a olhar por mim.
Irei sentir a tua mão protectora
Até ao jubiloso dia que te voltarei a ver.
Quem sabe para conversar, rir, chorar, desabafar...
Na nossa sala.
Adeus pai, até já!

20 de Janeiro de 2003 (poema revisto em 2008)