A noite cai aos pedaços nesta cidade.
Sugiro que leias este poema.
Para ti escrevo depois de olhar o céu.
Cheirei a tua almofada para me erguer,
ainda à pouco, antes de sair.
Precisei de sentir o teu cabelo na minha face.
Na respiração profunda encontrei o teu odor e
desenhei, na mente, o teu sorriso.
Estes pedaços de noite caem, pesados, em mim.
Agora só me resta abraçar-te no próximo instante.
Deixei a almofada para trás e só te quero a ti,
nesta noite que me envolve as mãos.
Só ela me obrigaria a escrever este poema.
Ela e tu... ao meu lado enquanto caminho.
Macau, 30 de Abril de 2011