à Margarete
falo palavras amordaçadas como preso em mim e no meu sentir. sou de desejar escrever até morrer, mas hoje desperto de um sol frio, coagido por ser outono e nas cores quentes deste dia, vomito o silêncio; estou inteiro, curvado perante ti e me uso da tua pele para me aquecer do frio da alma que circula, para lá e para cá, junto a mim. leio poesia de quem não se teme, apavorada, e sigo mais além onde encontro, num sorriso, a tua tez. nas letras despes a sabedoria de quem joga com as palavras no momento, mesclando odores de sonhos e de sons felizes, perdidos aqui, na casa aberta.
28 de Novembro de 2009