Fugiste por entre os meus dedos
Como uma brisa fina e fria.
Sinto-te confusa, cheia de medos.
Não quero estar assim,
Perdido neste caminho sem fim.
Parece que te perco, meu amor
Que loucura esta, tornada dor.
Tento resolver a minha cabeça,
Na curva de mais uma hora.
Nem consigo chorar.
Os meus olhos secaram...
Estarei a ficar resolvido?
As tuas incertezas tornam-se minhas.
Atrasam o meu pensamento.
Tornam-me fraco. Tremo por dentro.
Sou, efectivamente, menos eu.
Sou menos tudo. Solto do teu amor.
Desprovido.
Porquê?
Porque me desassossegas e
Me tiras o sono nestas noites quentes?
Estou sozinho.
Acabei de fumar mais um cigarro,
Preocupado com o bater desatinado do meu coração.
Por amor, estou quase morto.
Moribundo neste sofá laranja,
Que me enfeita a sala e onde, agora, me sento.
Continuo sozinho.
Sei que estás aí. Algures.
Sê resoluta. Não me prendas neste fio.
Amadurece. Sente.
Acredita. Pensa.
Sê um pouco mais introspectiva.
A minha morada é a mesma.
Quando quiseres vem.
Estou aqui!
Por enquanto...
28 de Maio de 2009