Na vereda de Camões, ressoa a tradição,
Cada
vocábulo uma relíquia, um panteão.
Complexa na
gramática, sublime na sua arte,
A língua
portuguesa, erudita, se aparte.
Nos
labirintos da sintaxe, a história se inscreve,
Tempo e
modos se entrelaçam, onde o espírito concebe.
Sábia na sua
essência, desafiadora no seu ser,
A voz de um
povo antigo, a lutar por entender.
Eis o
português, sinfonia de eras concatenadas,
Nas suas
sílabas, ecos de epopeias celebradas.
Neste idioma
se confundem mitos e verdades,
Uma
tessitura de léxicos, morada de saudades.
É a voz, com
timbre de marejar,
Cada termo um
peso, um legado a honrar.
Intrincada no
seu imo, complexa por devoção,
Nos meandros
gramaticais, descobre-se uma nação.
Que fale o
poeta, que escreva o letrado,
Pessoa,
Sophia ou Ary, cada verso é sagrado.
E na sua
complexidade, uma beleza sem igual,
Português, uma
língua universal.
Macau, 5 de Maio de
2024 - Dia mundial da língua portuguesa